A sua relação com a música é bem antiga, embora não o
faça profissionalmente, todavia há muita vontade de melhor e de se tornar
profissional na arte. São primeiros passos, ainda sem trajetória de menção,
apenas alguns concertos na capital do país, e através desses concertos
conseguiu uma visibilidade, e que chamou atenção aos TP50 ao ponto de ser endereçada
um convite para o concerto “para falar de amor”, deste agrupamento, realizado
no passado dia 23 do Julho corrente no Auditório do Teatro Avenida na cidade de
Maputo.
Diz Tassiana, ser uma boa experiência, “estou super
grata”, estar a trabalhar com o elenco dos TP50, porque na verdade existe la
muita coisa, como a componente teatral que integra na música em simultâneo, algo
exclusivo, para além de estar ao lado de grandes figuras da música moçambicana,
caso da Xixel Langa que é uma das sus referências.
Muito antes de expor o seu trabalho no mercado, Tassiana
diz ser prioritário nessa fase, por ser também um desejo enorme, colaborar em
mais projetos, trabalhar com mais artistas profissionais, e aos poucos gravando
e atuando, e esperar o momento certo para dar o seu trabalho final ao público.
Embora a produção do seu disco ainda esteja numa fase
embrionária, já existem composições autorais, “ o que preciso agora é espaço
para gravar e disponibiliza-las para o público”, explica a Tassiana que para a
produção da mesma conta com o Milton Gulli na frente da ação.
Aprecia muito a voz da Xixel Langa, “tenho que dizer isso
com muita humildade, mas sou grande fã da Tânia Tome”, o facto de artistas
contemporâneo apresentarem a marrabenta numa fusão com elementos de musica pop,
etc, comove muito a Tassiana, “ o exemplo disso é a Banda Cacana que tem feito
trabalho de alta qualidade”, confessa a artista que também admira a cantora de
jusão de jazz, soul e r&b, Isabel Novela.
Banda Gran Mah também é destacada pela Tassiana, que para
além da Mingas, gosta de outros artistas da Velha escola como Stewat Sukuma,
Hortênsio Langa, e tantos outros, “são muitos, e não vou dizer que todos esses
me inspiram diretamente, mas são referências que eu tenho e recurso de
aprendizagem”, explicou.
Não sei se consigo sentir um movimento, ou um coletivo,
mas pareço que a vontade que há-de trazer de volta a marrabenta e em
urbaniza-la também, acho que é um movimento importante. Tem de haver uma
recuperação e valorização da música tradicional, mas fazer com criatividade e
não estarmos fixos as bases, juntar isso com hip hop, o jazz, o regue, etc.
Tassiana Tome teve muito contacto com a música e o
movimento hip hop, e diz ela ter aprendido muito com o estilo RAP, “ gosto
muito deste movimento, para além de movimentar massas, é um estilo rico em termos
de poesia, que presta atenção, pode aprender muito, dando exemplo de nome
sonante do Azagaia”, disse.
Para Tassiana, em moçambique não existe Indústria
Musical, “o que acho que existe são exerções, ou artistas que são exerções que
tem conseguido preencher espaços vazios a custo de grandes sacrifícios”,
explica a fonte que não reconhece nenhuma plataforma que permite aos artistas
terem fundos para desenvolverem os seus projetos.
O projeto TP50 é um movimento importante no circuito
cultural urbano em Moçambique, pois para a nossa fonte, este tem ricos
elementos artísticos, destacando o lado de homenagear referências e figuras
moçambicanas, fazendo um trabalho de caracter publico, que segundo a Tassiana,
devia ser o Ministério da cultura a fazer, Rematou.
“Eles conseguem uma coisa muito bonita que é reunir
músicos e dar espaços para pessoas amadoras como eu… os TP50 tem esse dom de
fazer uns aprenderem com os profissionais, dar espaço, dar vos e visibilidade,
e espero que isto tenha sustentabilidade para ganhar mais visibilidade fora
também”.
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