segunda-feira, 11 de julho de 2016

“Luvano” Uma vida eternizada pelas lentes do Adiodato Gomes


Adiodato Gomes é um apaixonado fotógrafo moçambicano. Gosta de fotografar em estúdio, pois é la onde sente-se a vontade em realizar o seu trabalho. E fotografar, para ele, é uma profissão por qual tem orgulho, mesmo sem receber grande respeito “só aqueles que aceitam o nosso preço é que nos valorizam, porque sabem o que estão apagar…”

É o resultado da sua relação com a fotografia e com objetos do seu estúdio que o jovem fotografo moçambicano apresentou na última quinta-feira (07) uma exposição que tem como lugar Fundação Fernando Leito Couto, na cidade de Maputo. Nesta amostra que intitulou “Luvano”, Adiodato marca o início da sua carreira individual. Esse é o propósito dessa aparição pública deste retratista que ganhou paixão pela fotografia registando momentos de espetáculos musicais por si produzidos.

Com a curadoria de Filipe Branquinho, a exposição é composta por um conjunto de fotografias de estúdio, que retratam uma mulher grávida. A valorização do corpo feminino foi enriquecida pela arte da pintura corporal.

Três artistas, três nacionalidades, um propósito: celebrar a mulher, celebrar a vida. Léa Barreau-Tran, de origem francesa, é artista de pinturas corporais. Tendo feito trabalhos em vários países, Léa encontrou em Thobile, cantora da Swazilandia, a tela para a sua arte, enaltecendo a beleza africana da cantora. Na perpetuação destas imagens surge a participação do fotógrafo moçambicano Adiodato Gomes, com larga experiência em foto, com especial ênfase em retrato de estúdio.

“Luvano” surgi como ideia de homenagear o filho da Thobile, que é a modelo deste ensaio fotográfico. “Este trabalho foi uma ideia da Léa, em querer produzir uma pintura corporal e registar, e mais tarde implementei para que fosse um projeto, mas isso depois de 1 ano”, conta Adiodato que iniciou este ensaio em 2013.
São no total 17 fotografias expostas, com uma única modelo, e como o resultado “espero que tenha um bom retorno, uma vez que não se está habituado a ver-se este tipo de fotografia em paredes”, disse.
Adiodato Gomes que tem como suas referências, na fotografia, Filipe Branquinho, Mauro Pinto, Mario Macilau, Yassimine Forte, Sebastião Salgado, Steve McCurry e Carla Bessa, afirma que a vida de um fotógrafo é igual a qualquer uma, “só que esta também não é fácil porque o fotógrafo esta sempre a investigar para que tenha bons resultados em seus trabalhos…”, realçou.
Gomes, que para além de fotografia, faz produção de espetáculos musicais, diz que tem muitos projectos na manga, para alem deste, já trabalha para a próxima exposição individual que vai ser em Dezembro  no Centro Cultural Franco Moçambicano em Maputo.
Sobre Adiodato Gomes!

Adiodato Gomes nasceu em Maputo-Moçambique a 7 Agosto de 1972 e tem vindo a desenvolver uma presença cada vez mais constante na cena cultural moçambicana, mais particularmente em Maputo. Iniciou a sua carreira na área da produção de eventos, tendo trabalhado com diversos artistas, entre os quais Stewart Sukuma, Ghorwane, Carlos Gove, Deodato Siquir, Mingas, Chico Antonio. Ao longo do seu percurso na área da produção de eventos, surgiu a paixão pela fotografia.


Atualmente, contando com larga experiência em fotografia, com especial ênfase trabalho de estúdio (maioritariamente com artistas), Adiodato marcou já presença em diversas exposições colectivas. A estima do fotógrafo pelas questões da mulher e de género é clara e assume um papel crescente ao longo da sua carreira. Além de várias sessões em estúdio focadas em exaltar o feminino, importa destacar a dupla participação de Adiodato no concurso ‘Mulheres & Fronteiras’ promovido pelo Centro Cultural Franco Moçambicano.

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