Adiodato Gomes é um apaixonado fotógrafo moçambicano.
Gosta de fotografar em estúdio, pois é la onde sente-se a vontade em realizar o
seu trabalho. E fotografar, para ele, é uma profissão por qual tem orgulho, mesmo
sem receber grande respeito “só aqueles que aceitam o nosso preço é que nos
valorizam, porque sabem o que estão apagar…”
É o resultado da sua relação com a fotografia e com
objetos do seu estúdio que o jovem fotografo moçambicano apresentou na última
quinta-feira (07) uma exposição que tem como lugar Fundação Fernando Leito
Couto, na cidade de Maputo. Nesta amostra que intitulou “Luvano”, Adiodato
marca o início da sua carreira individual. Esse é o propósito dessa aparição pública
deste retratista que ganhou paixão pela fotografia registando momentos de
espetáculos musicais por si produzidos.
Com a curadoria de Filipe Branquinho, a exposição é
composta por um conjunto de fotografias de estúdio, que retratam uma mulher
grávida. A valorização do corpo feminino foi enriquecida pela arte da pintura corporal.
Três artistas, três nacionalidades, um propósito:
celebrar a mulher, celebrar a vida. Léa Barreau-Tran, de origem francesa, é
artista de pinturas corporais. Tendo feito trabalhos em vários países, Léa
encontrou em Thobile, cantora da Swazilandia, a tela para a sua arte, enaltecendo
a beleza africana da cantora. Na perpetuação destas imagens surge a participação
do fotógrafo moçambicano Adiodato Gomes, com larga experiência em foto, com
especial ênfase em retrato de estúdio.
“Luvano” surgi como ideia de homenagear o filho da
Thobile, que é a modelo deste ensaio fotográfico. “Este trabalho foi uma ideia
da Léa, em querer produzir uma pintura corporal e registar, e mais tarde implementei
para que fosse um projeto, mas isso depois de 1 ano”, conta Adiodato que
iniciou este ensaio em 2013.
São no total 17 fotografias expostas, com uma única modelo,
e como o resultado “espero que tenha um bom retorno, uma vez que não se está habituado
a ver-se este tipo de fotografia em paredes”, disse.
Adiodato Gomes que tem como suas referências, na
fotografia, Filipe Branquinho, Mauro Pinto, Mario Macilau, Yassimine Forte,
Sebastião Salgado, Steve McCurry e Carla Bessa, afirma que a vida de um fotógrafo
é igual a qualquer uma, “só que esta também não é fácil porque o fotógrafo esta
sempre a investigar para que tenha bons resultados em seus trabalhos…”,
realçou.
Gomes, que para além de fotografia, faz produção de espetáculos
musicais, diz que tem muitos projectos na manga, para alem deste, já trabalha
para a próxima exposição individual que vai ser em Dezembro no Centro Cultural Franco Moçambicano em
Maputo.
Sobre Adiodato Gomes!
Adiodato Gomes nasceu em Maputo-Moçambique a 7 Agosto de
1972 e tem vindo a desenvolver uma presença cada vez mais constante na cena
cultural moçambicana, mais particularmente em Maputo. Iniciou a sua carreira na
área da produção de eventos, tendo trabalhado com diversos artistas, entre os
quais Stewart Sukuma, Ghorwane, Carlos Gove, Deodato Siquir, Mingas, Chico
Antonio. Ao longo do seu percurso na
área da produção de eventos,
surgiu a paixão pela fotografia.
Atualmente, contando com larga experiência em fotografia,
com especial ênfase trabalho de estúdio (maioritariamente com artistas),
Adiodato marcou já presença em diversas exposições colectivas. A estima do
fotógrafo pelas questões da mulher e de género é clara e assume um papel
crescente ao longo da sua carreira. Além de várias sessões em estúdio focadas
em exaltar o feminino, importa destacar a dupla participação de Adiodato no
concurso ‘Mulheres & Fronteiras’ promovido pelo Centro Cultural Franco Moçambicano.
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