sexta-feira, 29 de julho de 2016

A nova proposta do pintor Mbongane, Mulher entre o poder financeiro, académico e conflito

Mbongane falando do seu trabalho
As mulheres moçambicanas tendem a registar uma significativa participação no meio académico e empresarial nacional, igualando-se, em alguns casos aos seus pares homens. Contudo, tal progresso gera em certos meios familiares conflitos entre parceiros.

É sobre este contexto que o Evelisio Jasse, ou simplesmente Mbongane, pega no seu pincel para pintar obras a favor de uma maior liberdade 
da mulher moçambicama e do resto do mundo.

 As obras de Mbongane, cuja exposição deu o nome de “Conflito de género, poder financeiro e académico feminino”, estão patentes no espaço cultural do Instituto Cultural Moçambique-Alemanha (ICMA).

Obras como: “Submissão”, “Violência domestica”, “My love”, “Sexta-feira”, retratam a pretensão de Mbongane em pintar o conflito de género que se regista nos últimos tempos na sociedade moçambicana.

Mbongane pintando
Nesta exposição, a decorrer de 4 de Agosto próximo, quinta-feira, a 4 de Dezembro deste ano, o pintor exibe uma variedade de obras, algumas como títulos sugestivos, como “Dzamwamwa”, “O que é ser um Homem Moderno”, “Promiscuidade” e “Alcoolismo”, retratando dor e sofrimento por que passam as mulheres no seu quotidiano.

Todas as suas obras foram produzidas com base na técnica mista, acrílicos, oil sticks. "A minha arte é expressionismo focalizada na crítica social e política universal, com maior destaque para a realidade moçambicana”, explicou ao jornal Sábado, este artista radicado na Alemanha desde 2002, saido do místico bairro de Mafalala, na cidade de Maputo.
Uma das obras do Mbongane


Mbongane diz estar "muito desencantado com o seu país" devido a dificuldades para aquisição de material do seu trabalho artístico. "A única loja que tinha algum material com qualidade fechou. A minha sorte foi ter trazido algum material da Alemanha, caso não seria um caus isto”, ou seja, não teria possibilidades de expôr as suas sobras dentro do seu próprio país, rematou o pintor, lamentando ainda a falta de galerias no país como algo que "pode enfraquecer a classe artística moçambicana".








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